NA TRAMA TECIDA, AS MULHERES DÃO O PONTO FINAL.
Entre os passos, compassos e titubeios da vida, Irlys Barreira tece a delicada trama de um tempo suspenso; nos encontramos com as mulheres de ontem e as mulheres do amanhã; verossímeis, contraditórias. Nesses 25 contos, conhecemos os cantos do que é ser santa e pecadora, do que é ser presa e predatória. Mulheres que, por vezes submissas, também reservam para si um momento furtado, onde brilha uma astúcia rebelde que não mascara a simplicidade de um dia qualquer.
Para a autora, a literatura é a liberdade de não ser exata. Temos aqui a nossa linha de costura; encaramos a fantasia e o real num mesmo espelho onde somos caricaturas de nós mesmas, vozes que sussurram, guardam o segredo daquela tia, daquela vizinha, daquela prima meio louca, como cúmplices de um mesmo crime; o crime feminino de querer a liberdade.