O livro UM ESTRANHO TÃO FAMILIAR vem suprir uma lacuna não só para pesquisadores, acadêmicos e escritores de literatura insólita, mas, também, para quem quer se aprofundar nas engrenagens das narrativas que capturam a sua imaginação.
O objeto de investigação de George Amaral é o mecanismo de estranhamento na Literatura, aqui apresentado em seu percurso histórico desde o olhar de Samuel Taylor Coleridge, no início do século XIX, às considerações de Darko Suvin, Ernest Jentsch, Freud, Chklovski, Brecht, Roland Barthes, seguindo até as primeiras décadas do século XXI.
Em nossos dias, o autor nos convoca a pensar como a Literatura e as demais formas de ficção desempenham um papel fundamental para a reflexão a respeito dos modos de pensar, viver e sentir no Antropoceno, dialogando com o pensamento de Ana Tsing, Bruno Latour, Donna Haraway, Isabelle Stengers e com o potencial crítico de narrativas criadas por Octavia E. Butler, Ursula K. Le Guin, Jeff VanderMeer e diversos mais.