Este livro apresenta a dissertação de Mestrado de Francisco Azevedo, sobre sua experiência dentro da ocupação do Colégio Pedro II - Campus Engenho Novo II. A análise do autor foca nas formas de organização da ocupação e sua atuação política, de modo a pensar sobre o que diz a Juventude que ocupou as escolas, e quais possibilidades de mudança no Ensino Médio são possíveis de ser pensadas. No primeiro capítulo, trabalha os conceitos de "secundarista" e "ocupação", abordando a luta dos secundaristas ao longo da história do Brasil, discutindo novos movimentos de ocupação e debatendo movimentos sociais da juventude. No segundo capítulo, a partir desse panorama sobre atuação política da juventude, analisa como a ocupação se organizou internamente. Debate o conceito de horizontalidade e de que forma a ocupação buscou alcançá-la, além de outras formas de ganho político. O terceiro capítulo debate os conhecimentos construídos no movimento, em relação com os conhecimentos da escola tradicional e do modelo de escola proposto pela reforma do Ensino Médio. Também discute sobre a potência dos usos dos espaços da escola de forma diferente da tradicional. No quarto capítulo, busca discutir quais pistas a ocupação apresenta para pensarmos o Ensino Médio atual, suas formas de avaliação de qualidade, uso de tecnologias e construção da democracia escolar. O livro busca levar seus leitores à reflexão sobre as possibilidades de mudança na escola a partir de novos protagonistas - os alunos.